Aconteceu na noite de ontem, 02/02, a cerimônia da 97ª edição do Oscar, considerado um dos maiores prêmios mundiais da indústria do cinema. Como todos sabem, o Brasil estava indicado em três categorias com o filme “Ainda Estou Aqui“: a de Melhor Filme Internacional, de Melhor Atriz (para Fernanda Torres) e de Melhor Filme – pela primeira vez indicado nesta categoria.
A noite foi intensamente celebrada nos quatro cantos do país, que também comemorava o domingo de Carnaval em um clima de Copa do Mundo (ainda que Fernanda Torres, descrente de sua vitória, tenha pedido para que não entrássemos neste clima). Pois bem, valeu a pena toda a folia: O Brasil venceu, pela primeira vez em sua história, um Oscar. O diretor Walter Salles subiu ao palco para agradecer pelo Oscar na categoria Melhor Filme Internacional.
A categoria principal de Melhor Filme acabou ficando para “Anora“, produção estadunidense que também deu a Mikey Madison a estatueta de Melhor Atriz. Na nossa opinião, aliás, categoria que deveria ter sido vencida por Fernanda.
MAS AFINAL, É MESMO A PRIMEIRA VITÓRIA DO BRASIL?
Mas que história é essa de primeiro Oscar na história do Brasil se em 1960 o filme “Orfeu Negro” venceu a categoria de Melhor Filme Internacional? Calma que a gente explica. “Orfeu Negro”, apesar de gravado no Brasil e com atores brasileiros falando em português, foi uma coprodução entre Itália, França e Brasil. No Oscar ele estava representando a França. Então foi uma “meia” vitória brasileira. Não entrou na nossa conta. Se tornou um prêmio francês.

O filme “O Beijo da Mulher-Aranha“, estrelado por Sônia Braga e dirigido por Héctor Babenco, também venceu o Oscar. William Hurt venceu a categoria de Melhor Ator em 1986 por sua atuação no filme. Mas, assim como “Orfeu Negro”, o longa “O Beijo da Mulher-Aranha” também não foi uma produção exclusiva brasileira. Foi uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, tendo sido inscrito para representar os EUA na premiação.
Com “Ainda Estou Aqui” é a primeira vez, portanto, que o Brasil traz um Oscar para casa. Vencemos!