Ganhou, mas não levou: quatro vezes que o Brasil “venceu” o Oscar. Ou quase isso.

Aconteceu na noite do último domingo (02/03) a cerimônia da 97ª edição do Oscar, um dos prêmios mais importantes do cinema mundial. O Brasil estava sendo representado através de três indicações para o filme “Ainda Estou Aqui“: Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (para Fernanda Torres) e Melhor Filme. E, pela primeira vez na história do nosso país, vencemos um Oscar! Walter Salles subiu ao palco para agradecer pelo prêmio de Melhor Filme Internacional.

Mas, afinal, esta foi mesmo a primeira vitória do Brasil no Oscar? Confira outras quatro vezes que o Brasil “venceu” a premiação, mas não trouxe o troféu para casa.

 

“Orfeu Negro”, edição de 1960

Em 1960, o filme “Orfeu Negro” venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Orfeu foi gravado no Brasil, com elenco brasileiro e falado em português. Participaram da produção os atores Breno Mello, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Adhemar Ferreira da Silva e Jorge dos Santos. Ele foi o primeiro filme falado em português a vencer a estatueta, mas, apesar disso, foi uma coprodução entre Brasil e França. Na cerimônia do Oscar, foi inscrito para representar a França que, portanto, ficou com o prêmio.

 

“O Beijo da Mulher-Aranha”, Oscar de 1986

Dirigido por Héctor Babenco (argentino naturalizado brasileiro), “O Beijo da Mulher-Aranha” foi indicado em quatro categorias na 58ª edição do Oscar: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator para William Hurt, que venceu a categoria e levou o prêmio para casa. Sônia Braga foi a grande estrela do longa-metragem que trazia também outros atores brasileiros, como José Lewgoy, Milton Gonçalves, Miriam Pires, Nuno Leal Maia, Fernando Torres e Herson Capri. O filme foi coproduzido entre Brasil e Estados Unidos, e o Oscar de Melhor Ator recebido por William Hurt foi creditado aos Estados Unidos, e não ao Brasil.

 

“Diários de Motocicleta”, edição de 2005

Diários de Motocicleta no Oscar

Outra aparição do diretor brasileiro Walter Salles no Oscar. “Diários de Motocicleta” teve duas indicações na cerimônia – melhor roteiro adaptado para José Rivera e melhor canção original para Jorge Drexler, que venceu o prêmio. Mas o filme foi uma parceria entre oito países: Argentina, Alemanha, Brasil, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Reino Unido. O Oscar, mais uma vez, não foi creditado ao Brasil.

 

“Me chame pelo seu nome”, Oscar de 2018

Me Chame Pelo Seu Nome no Oscar

Você sabia que o filme “Me chame pelo seu nome” tem participação brasileira na sua produção? Pois bem, o longa-metragem que deu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado à James Ivery foi uma coprodução entre Brasil, Estados Unidos, França e Itália. O prêmio, porém, também não foi creditado ao Brasil.

 

Agora acho que ficou tudo mais claro, não é? Apesar de o Brasil estar envolvido em outras produções vencedoras do Oscar, de ter participado ativamente como coprodutor nestas obras, os respectivos prêmios foram creditados a outros países. Com a vitória de “Ainda Estou Aqui” neste ano, o Brasil se torna, portanto, pela primeira vez, detentor do Oscar. Ganhamos E TROUXEMOS PARA CASA!

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